Curitiba: Histórias e tradições

Curitiba. Museus com acervos únicos no país. Um sistema de transporte público referência internacional. Espaços verdes que fazem parte do dia a dia dos moradores e que encantam quem visita a cidade. O imponente prédio que recebeu a primeira universidade do Brasil e que é um dos símbolos da vocação inovadora da capital, hoje revitalizada com o Vale do Pinhão. A rua que, além de ser a primeira exclusivamente para pedestres, agora também é interativa.

Não faltam programas para moradores e turistas conhecerem (ou redescobrir) a tradição de Curitiba em projetos e iniciativas que vêm mudando o dia a dia das pessoas. “A capital comemorou 329 anos, no dia 29 de março, celebrando a inovação e o que não faltam são espaços e serviços em áreas como cultura, educação, arte, história, meio ambiente, mobilidade e a transformação urbana”, afirma Tatiana Turra, presidente do Instituto Municipal de Turismo.

Cinco programas que mostram o lado inovador de Curitiba

Capital das áreas verdes

Curitiba tem um dos melhores índices de áreas verdes do país. São 59,7 metros quadrados por habitante. Ao percorrer as trilhas e atrações das áreas verdes da cidade – são 30 espaços, entre parques, bosques e o Jardim Botânico – é possível imaginar a importância dos cuidados com o meio ambiente promovidos pela Prefeitura.

Silenciosos ou animados, relaxantes ou para atividades físicas, há espaços verdes do município para todos os gostos e preferências. Seja o Barigui, o Passeio Público, o Tingui, o Bosque do Papa, o Jardim Botânico, o Tanguá, o Passaúna ou a Lagoa Azul, é impossível não passear pela capital sem visitar alguns deles.

A primeira do Brasil

A arquitetura impressionante, com destaque para as colunas neoclássicas e a enorme escadaria, torna o Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Centro, um dos cartões-postais mais famosos de Curitiba. O espaço, na Praça Santos Andrade, merece ser visitado pela história de pioneirismo. Inaugurado em 1915, o local recebeu a primeira universidade do Brasil e forma uma bela composição com outro prédio emblemático da capital, o Teatro Guaíra, localizado no outro lado da Santos Andrade.

No prédio histórico, também é possível visitar o Museu de Arte da UFPR (MusA), aberto de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. Ele reúne pinturas, fotografias, esculturas, gravuras e desenhos de artistas brasileiros modernos e contemporâneos. Há obras de De Bona, Guido Viaro, Freÿesleben. Até o dia 20 de abril, também ocorre na praça uma das Feiras Especiais de Páscoa da Prefeitura.

Calçadão curitibano

Primeira via exclusivamente de pedestres do Brasil, o calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro, merece ser percorrido durante o dia, para se observar o vai e vem da população, e à noite por conta do clima nostálgico criado pela luz dos postes republicanos e pelo brilho sobre o piso petit-pavé.

Entre a Rua Presidente Faria e a Praça Osório, há várias atrações turísticas curitibanas, como a Confeitaria das Famílias, o Palácio Avenida, a Boca Maldita, além de prédios com estilos neogótico, paranista e art nouveau, sem falar no Bondinho de Leitura, restaurado pela Prefeitura no ano passado.

Na Praça Osório, não deixe de apreciar o relógio alemão instalado em 1914 e, até o dia 20 de abril, uma das Feiras Especiais de Páscoa da Prefeitura. Por todo o percurso, também é possível conferir no smartphone as novidades do comércio e também dicas de passeios.

Afinal, a Rua XV de Novembro recebeu, no ano passado, tecnologias que a tornaram uma das ruas “interativas” da capital.

Acervos únicos no país

Além de museus conhecidos e consagrados, como o Museu Oscar Niemeyer (MON)  e o Museu Municipal de Arte (MuMA), Curitiba também sedia alguns espaços únicos no Brasil. Localizado no bairro Bom Retiro, o Museu do Holocausto é dedicado a contar a história da perseguição de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O acervo permanente é composto por 56 objetos, 300 fotos e vários vídeos.

Primeiro local particular do país dedicado exclusivamente à produção artística dos indígenas brasileiros, o Museu de Arte Indígena (MAI) reúne, no bairro Água Verde, cerca de 700 peças divididas entre arte plumária, cerâmica, cestas, instrumentos musicais, máscaras ritualísticas e objetos utilitários.

Além disso, depois que um incêndio destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, apenas Curitiba e São Paulo contam com peças egípcias em exposição no país. No Museu Egípcio e Rosacruz, no bairro Bacacheri, a grande estrela é Tothmea, uma múmia de 2,7 mil anos guardada em um sarcófago que reproduz as tumbas da 18ª dinastia do Egito antigo.

Futuristas estações-tubo

Copiado por mais de 80 países, o sistema de transporte de Curitiba – com canaletas exclusivas de ônibus e estações-tubo – costuma ter lugar garantido nas fotos feitas por turistas. Quem embarca em um dos pontos elevados pode descer próximo a várias atrações turísticas da cidade, como o Prédio Histórico da UFPR, a Rua XV de Novembro, o Passeio Público, a Praça do Japão (que ganhou, em 2018, uma bela escultura de sete metros da artista Tomie Ohtake), o Museu Ferroviário e o Museu Municipal de Arte (MuMA).

Outra opção é a Linha Turismo, um ônibus especial de dois andares que percorre 24 cartões-postais curitibanos: Praça Tiradentes, Rua XV de Novembro, Rua 24 Horas, Museu Ferroviário, Teatro Paiol, Jardim Botânico, Mercado Municipal, Teatro Guaíra/Prédio Histórico UFPR, Paço da Liberdade, Memorial Árabe/Passeio Público, Centro Cívico, Bosque do Papa, Museu Oscar Niemeyer, Bosque Alemão, Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), Parque São Lourenço, Ópera de Arame/ Pedreira Paulo Leminski, Parque Tanguá, Parque Tingui, Memorial Ucraniano, Portal de Santa Felicidade, Parque Barigui, Torre Panorâmica  e Setor Histórico.

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